Quando nos atemos à letra em questão, o que nos ocorre de imediato é que
esta passou a fazer parte de nosso alfabeto, tão logo se instaurou o
novo acordo ortográfico. Entretanto, o objetivo que se evidencia no
artigo presente é apontar acerca de mais alguns aspectos a ela
relacionados, por sinal bastante recorrentes por alguns usuários do
sistema linguístico: seria ela somente uma consoante? Ou em alguns casos
funcionaria ora como vogal, ora como consoante?
No sentido de darmos vazão a tal questionamento, há que se ressaltar
que, do ponto de vista fonético-fonológico, a consoante somente é
articulada por intermédio de uma corrente de ar vinda dos pulmões, que
ao chegar à cavidade bucal encontra obstáculos. O que ocorre de forma
diferente com a vogal, uma vez que tal obstáculo não é identificado,
pois a passagem de ar se dá de modo livre. Outro aspecto digno de nota é
que a consoante precisa estar acompanhada de uma vogal para formar
sílabas; a vogal não, uma vez que ela subsiste por si só. Fato este
perfeitamente constatável em ca – de – a – do.
Mediante tais pressupostos, temos elementos suficientes para
constatarmos que em se tratando da fonologia (parte da gramática
responsável por estudar os fonemas de uma língua) e quando se trata de
fonemas (obviamente que estamos nos referindo a som), o y representa uma
vogal, já que foi traduzido do alfabeto grego como “i”, permanecendo
com este mesmo som nas palavras nas quais é utilizado, como é o caso de
ioga. Separadas as sílabas de tal vocábulo temos: i – o – ga, fato que
nos permite constatar que se trata de uma vogal. Já em leiaute, palavra
aportuguesada originária do inglês layout, ela representa uma semivogal.
Eis que agora temos subsídios concretos para evidenciarmos que não
são as letras que se classificam como vogais, consoantes ou semivogais,
mas o som que elas apresentam é que recebem tais denominações.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Esse assunto é mesmo muito interressante, gostei da materia . parabéns
ResponderExcluirjaqueline
Muito obrigado.
Excluir