sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Candidatos aprovados da terceira chamada têm até hoje sexta-feira, 3.

Termina hoje sexta-feira, 3, o período de matrícula dos candidatos aprovados e convocados na terceira chamada do Processo Seletivo 2012 da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Os convocados devem comparecer à Diretoria de Registro Acadêmico (DRA) até as 17h para efetuar a matrícula. A DRA está localizada no Campus Tapajós da UFOPA, na Rua Vera Paz, s/n, bairro Salé.
De acordo com o previsto no edital do processo seletivo 2012, a UFOPA realizará ainda mais uma chamada, de um total de quatro. No total foram ofertadas 1.200 vagas distribuídas entre os cinco institutos temáticos, voltados às questões amazônicas. Dessas vagas, 50 são destinadas ao Processo Seletivo Especial Indígena. A habilitação dos indígenas será realizada no período de 3 a 10 de fevereiro.
O acesso à UFOPA é feito exclusivamente por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Este ano, no ato da inscrição, os candidatos optaram pela nota de 2010 ou 2011.
Lenne Santos – Comunicação/UFOPA
3/2/2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A escola

A escola é o lugar que freqüentamos para estudar e aprender vários conteúdos, além de proporcionar o convívio em grupo e fazer amizades.
Antes de existir a escola, as pessoas aprendiam através da troca de experiências, por imitação. Os pais ensinavam coisas aos filhos e isso ia passando por várias gerações.
As igrejas também eram responsáveis pela educação. Nelas, ensinavam-se os Salmos bíblicos. No Brasil, os padres Jesuítas foram os primeiros educadores, eles ensinavam os índios. Aos poucos a educação foi sendo valorizada e as escolas sendo construídas.
Uma escola é composta por vários funcionários e todos eles são importantes para que a mesma tenha um bom funcionamento. Cada pessoa exerce uma função diferente, que auxilia a organização desse ambiente, como: as faxineiras ou serventes, que cuidam da limpeza do ambiente; o porteiro ou vigia, que faz a segurança do local, não deixando pessoas estranhas entrarem; a cozinheira ou merendeira, que preparam os lanches; a secretária, responsável pela organização dos documentos; o digitador, que digita as tarefas, provas e circulares; os professores, responsáveis pelas aulas; a orientadora, que cuida dos relacionamentos entre todos da escola; a coordenadora, que dirige o trabalho dos professores e verifica a execução do trabalho; e o diretor, que administra toda a instituição.
Na escola as crianças aprendem a respeitar as pessoas, a conviver com normas e regras, e adquirem novos conhecimentos. Todos devem colaborar com o funcionamento da escola, tratando bem as pessoas, não faltando às aulas, participando das atividades e mantendo o ambiente limpo e saudável.
Por Jussara de Barros
Pedagoga

Poliomielite

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença mais comum em crianças, mas que pode atingir pessoas adultas. O vírus da poliomielite penetra em nosso corpo através de alimentos contaminados e também por meio do contato com a saliva de alguém doente.
Os sintomas dessa doença são bem leves, como dor de cabeça, dor de garganta, febre, náuseas, vômitos, dor abdominal e prisão de ventre, mas há casos em que as pessoas não apresentam nenhum tipo de sintomas. Possuindo ou não os sintomas da poliomielite, a pessoa eliminará os vírus nas fezes, o que poderá contaminar outras pessoas, principalmente em locais onde as condições de saneamento básico não são adequadas.
 
Pessoas que vivem em locais onde o saneamento básico é precário têm mais chances de se contaminar com esse vírus
Se a pessoa for contaminada com o vírus da poliomielite, corre sério risco de esse vírus cair na corrente sanguínea e penetrar no sistema nervoso central. Uma vez no sistema nervoso central, o vírus ataca as células nervosas motoras que se ligam à medula espinhal, matando-as e causando paralisia, principalmente dos membros inferiores.
 
O vírus da poliomielite ataca as células do sistema nervoso central, causando a atrofia, principalmente dos membros inferiores
Não existe um tratamento específico para a poliomielite, mas é preciso que o doente mantenha repouso absoluto, para reduzir as chances de paralisia. Alguns medicamentos são utilizados apenas para tratar os sintomas, como febre e dores.
A melhor forma de se prevenir contra essa doença, que pode causar a morte, é através da vacinação. A vacina contra o vírus da poliomielite faz parte do calendário básico de vacinação do Governo Federal, como medida de erradicação da poliomielite em nosso país. Essa vacina é aplicada em crianças com até cinco anos de idade.
Há dois tipos de vacinas contra o vírus da poliomielite: a vacina oral, chamada de Sabin, que é feita a partir de vírus atenuados da doença, e que é oferecida gratuitamente em postos de saúde; e a vacina injetável, chamada de Salk, que é produzida a partir de vírus mortos, e é oferecida apenas em clínicas particulares.
 
Através da vacinação podemos manter a poliomielite bem longe de nossas casas

Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

Um dos melhores MBAs do mundo. No Brasil e de graça


'Financial Times' lista curso do Coppead, da UFRJ, entre os cem melhores em 2012.


Um dos mestrados em administração mais respeitados do mundo está ao alcance dos estudantes brasileiros gratuitamente. O MBA oferecido pelo Coppead, instituto de administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ficou em 51.º lugar na lista do jornal britânico 'Financial Times' dos 100 melhores cursos mundiais do gênero - é o único brasileiro na lista.


O curso tem dois anos de duração e não cobra anuidade. É exigido, no entanto, que o aluno se dedique exclusivamente às aulas por pelo menos 18 meses. Diante das taxas cobradas pelas escolas internacionais que figuram nesse ranking, que não raramente ultrapassam US$ 100 mil por ano, o MBA do Coppead ficou em segundo lugar na lista do melhor "custo-benefício" para o estudante (considerada a relação entre o valor investido para a formação e o aumento salarial conquistado pelo aluno após a conclusão).

Segundo a análise do Financial Times, após terminar o curso no instituto da UFRJ, o estudante consegue um incremento médio no salário da ordem de 150%. De acordo com Denise Fleck, coordenadora de pós-graduação do Coppead, o curso de tempo integral garante uma formação indiscutivelmente mais sólida - isso porque a carga horária em sala de aula é maior e a dedicação do aluno a leituras e pesquisas é bem mais extensa. "O nosso estudante tem que ficar disponível para as aulas das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira. Ele terá 20 horas semanais em sala, mas terá de se preparar com leituras e estudos de caso por meio de materiais repassados previamente", explica Denise.

Comissão de ensino religioso do MEC prevê elaborar documento para orientar escolas públicas

A comissão de ensino religioso, criada no ano passado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), retomará os trabalhos este ano com a perspectiva de produzir um documento de orientação sobre essa disciplina nas escolas públicas. A informação é do atual membro do órgão do Ministério da Educação, César Callegari, concedida ao Jornal da Ciência.

Sem dar opinião sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.439, impetrada pelo Ministério Público, em meados de 2010, Callegari disse que o documento será embasado na legislação brasileira. Pelo que consta da Constituição Federal, a matrícula para as aulas de ensino religioso é facultativa; e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o caráter do Estado é laico nas instituições de ensino.

Na ação de inconstitucionalidade, o Ministério Público questiona se o acordo entre Brasil e Vaticano, realizado em 2010, batizado de Santa Sé, admite a prática de proselitismo no ensino religioso das instituições públicas. Especialistas e acadêmicos criticam o acordo por acreditarem que esse entendimento admite proselitismo no ensino religioso praticado nas escolas públicas, ferindo a legislação brasileira.

Callegari não informou a data da próxima reunião da comissão de ensino religioso do CNE. A primeira foi realizada em agosto no ano passado na sede do ministério, em Brasília.

Tramitação da ação de inconstitucionalidade - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, disse, a membros da comissão de ensino religioso, que pretende apresentar até março seu voto sobre a ADI 4.439, da qual é relator, para questionar eventual proselitismo no ensino religioso praticado no Brasil. Por enquanto, o voto do ministro não consta do andamento dos processos do STF, que retomou as atividades ontem (1º).

Levantamento preliminar da Secretaria de Educação de Roraima revela a presença de proselitismo no ensino religioso em muitas escolas públicas. Conforme o órgão, na maioria de dez estados já pesquisados, as aulas de religião são ministradas por representantes de igrejas que defendem apenas uma religião, quando deveriam adotar essa disciplina no currículo escolar como uma área do conhecimento.
(Viviane Monteiro - Jornal da Ciência) 

STF deve retomar julgamento do ensino religioso em escolas públicas em 2012

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar em breve o julgamento da polêmica ação de inconstitucionalidade que questiona a prática do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras, segundo estima a advogada Priscilla Soares de Oliveira do escritório Rubens Naves - Santos Jr. - Hesketh.
Trata-se da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.439, proposta pela procuradora-geral da República, Deborah Duprat, em meados de 2010, motivada pelo acordo entre o Brasil e Vaticano, chamado Santa Sé. O acordo é relativo ao estatuto jurídico da igreja católica no País, promulgado em 2009, conforme esclarecem assessores do Ministério Público. Para especialistas, essa iniciativa fere a laicidade do Estado e compromete o sentido da educação pública.

Levantamento preliminar da Secretaria de Educação de Roraima revela que em muitos estados as aulas de religião nas escolas públicas são ministradas por representantes de igrejas que defendem apenas uma religião ao invés de adotarem essa disciplina no currículo escolar como uma área do conhecimento. Tais práticas ferem tanto a Constituição Federal, que determina matrícula facultativa para essa disciplina, quanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que prevê caráter laico do Estado nas instituições de ensino.

Existe um consenso entre acadêmicos  e entidades representativas da sociedade civil, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de que se o ensino religioso tiver que ser praticado nas escolas, que o seja segundo normativos que assegurem os direitos garantidos pela laicidade do Estado, o que inclui a não obrigatoriedade de presença às aulas e que o conteúdo não seja um estudo bíblico sobre religião A ou B ou C .

Priscilla Oliveira acredita que o Supremo deve acelerar o processo de análise da Ação Direta Inconstitucionalidade em razão da decisão do relator, Ayres Britto, ministro do STF, de adotar "procedimento abreviado" (agilidade na tramitação) para a ADI 4.439, "dada à relevância da matéria". A advogada ressalva, entretanto, que o processo não será mais veloz em decorrência do acentuado ingresso de amicus cure (cartas de instituições da sociedade civil que servem par dar informações e emitir opiniões para ajudar a análise do processo) ao Supremo sobre esse assunto.

"Quando envolve muito ingresso de amicus cure o julgamento tende a de ser polêmico (e um pouco mais demorado), pois [o relator] tem de ler todas [as informações] antes de formar o conhecimento dele", analisa a advogada, ao lembrar que o STF volta de recesso apenas em meados de fevereiro e a análise da matéria pode levar até o fim deste ano para ser julgada na casa.

Novo perfil da ciência, artigo de Wanderley de Souza

Wanderley de Souza é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Nacional de Medicina, ex-Secretário Executivo do MCTI e ex-Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Artigo publicado no jornal O Globo de hoje (2).

Devido a razões históricas, a atividade científica no Brasil se concentrou principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em 1995, São Paulo contava com cerca de 40% dos grupos de pesquisa do País, tal como reconhecidos pelo CNPq e com 47% das publicações científicas brasileiras à época. O Rio de Janeiro ocupava a segunda posição, contando com 19% dos grupos de pesquisa e contribuindo com 22% dos artigos publicados.

Estes dados indicavam haver uma grande concentração da atividade científica no Brasil. Felizmente, iniciativas tomadas ao longo dos últimos 15 anos vêm, gradativamente, mudando o quadro da distribuição da atividade científica no Brasil. Entre elas, destacamos: (a) a exigência dos títulos de mestrado e doutorado para as posições acadêmicas nas universidades e institutos de pesquisa em todo o País; (b) o estímulo da Capes, do CNPq e de fundações estaduais de apoio à pesquisa para a criação de cursos de pós-graduação em todos os estados; (c) o estabelecimento pelo MCT, em 1999, dos fundos setoriais, com previsão legal de que 30% dos recursos deveriam ser aplicados em instituições do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste (como consequência, no período 2000-2010 houve um investimento da ordem de R$ 9 bilhões, sendo que um terço em instituições das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste), (d) a decisão do MCT, em 2003, de estabelecer convênios com as Faps, repassando recursos desde que com contrapartida financeira; e (e) a criação pelo CNPq e pela Capes de programas conhecidos como "casadinho" e Procad, em que cursos de pós-graduação de excelência apoiam os cursos emergentes. Estas medidas estão levando a uma mudança significativa no quadro da atividade científica brasileira.

Os dados de 2010 apontam para a continuidade da liderança de São Paulo, mas agora com 23% dos grupos de pesquisa e 37,4% dos artigos publicados. O Rio vem em segundo lugar, com 12% dos grupos de pesquisa e 13,4% dos artigos publicados. Minas Gerais e Rio Grande do Sul ocupam a terceira e quarta posições, com 9,7% e 12% dos grupos de pesquisa e 10,6% e 10,5% dos artigos publicados, respectivamente. Ainda persiste um quadro de concentração, mas, obviamente, menos dependente de São Paulo e Rio de Janeiro.

Por outro lado, a análise da série histórica indica uma tendência de maior distribuição da atividade científica nos estados do Paraná, Ceará, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal. É importante assinalar que a queda no percentual relativo de publicações em São Paulo (de 46,73% para 37,4%) e Rio (de 22% para 13,3%) não reflete um decréscimo na atividade científica desses estados. Todos cresceram significativamente em valores absolutos, contribuindo para o aumento crescente da produção científica brasileira, que passou da 23ª posição em 2002 para a 13ª em 2009.


Pensamento do Dia

"É preciso saber como o professor atua. Faz parte do trabalho dele incentivar a leitura. O custo dos livros não pode ser desculpa para isso. Hoje temos bibliotecas públicas e na web também é possível fazer download de várias obras. O hábito da leitura deve fazer parte da rotina dos estudantes", Priscila Cruz, diretora executiva do Movimento Todos Pela Educação, sobre os dados divulgados pela secretaria estadual de Educação do Rio de Janeiro que mostra que 14% dos alunos da rede pública não leram nenhum livro em cinco anos. (O Globo - 2/02)